Daltonismo – Saiba tudo sobre este problema

O que é o Daltonismo?

O daltonismo é, na maioria dos casos, uma doença genética, hereditária, presente desde a nascença.

As pessoas percepcionam as cores de maneira diferente umas das outras. O daltonismo e a deficiência da cor vermelho-verde, são problemas de visão generalizados que, muitas das vezes, não são imediatamente reconhecíveis pelo seu portador.

 

Tipos de daltonismo

O daltonismo desenvolve-se em várias formas distintas. Consoante as causas e os sintomas, é possível fazer uma distinção entre as deficiências da cor: daltonismo parcial e daltonismo total. Uma pessoa pode nascer com a incapacidade de distinguir cores ou desenvolvê-la ao longo da vida como resultado de uma doença ocular, como a degeneração macular, a toma prolongada de determinados medicamentos ou doenças que afectem o nervo óptico.

O embaciamento do cristalino do olho à medida que envelhecemos e alterações no cérebro podem também limitar a nossa capacidade de distinguir cores.

 

Porque acontece o daltonismo?

A retina do olho humano é constituída por dois tipos de células sensoriais: bastonetes e cones. Os bastonetes ajudam-nos a distinguir, principalmente, os contrastes claro/escuro, enquanto os cones são responsáveis pela visão das cores. As pessoas com uma visão normal possuem três tipos de cones diferentes, sendo cada um responsável por uma determinada gama de cores.

Se um tipo de cone não funcionar correctamente ou se deixar de funcionar completamente, tal afectará a capacidade de percepcionar as cores, originando anomalias no reconhecimento de cores (Daltonismo Parcial). Os cones só estão activos perante um determinado nível de luminosidade. No escuro, apenas os bastonetes responsáveis pelos contrastes claros e escuros estão a funcionar.

 

Deficiência da cor vermelho-verde

Pessoas com deficiência na visão de cores só conseguem reconhecer determinadas cores porque alguns dos seus receptores – os cones – não funcionam correctamente. Existem vários tipos de deficiências da cor, sendo a mais comum, a deficiência vermelho-verde. Esta anomalia afecta 9% dos homens e 1% das mulheres. Esta deficiência baseia-se na dificuldade em reconhecer o verde (deuteranomalia) e dificuldade em reconhecer o vermelho (protanomalia). As células sensoriais necessárias – os cones – parecem mais apagados ou menos intensos. Dependendo da sua gravidade, existe dificuldade em distinguir o vermelho do verde e, muitas vezes, o azul do roxo, ou o rosa do cinzento – sobretudo em ambientes com pouca luz.

 

Percepção reduzida das cores

Nos casos de tricromacia anómala – uma deficiência na percepção de cores – todos os cones necessários estão presentes. No entanto, a sua sensibilidade está extremamente limitada, razão pela qual as cores parecem menos intensas e são facilmente confundidas. Por exemplo, quando existe uma percepção limitada do vermelho, a pessoa com tricromacia anómala só reconhecerá o semáforo vermelho muito depois dos outros condutores.

 

Daltonismo total

O daltonismo total (acromatopsia ou acromacia) refere-se a uma anomalia da visão, normalmente hereditária, em que a pessoa apenas consegue ver escalas de cinzentos, em vez de cores. Os doentes sofrem de acuidade visual reduzida e são extremamente sensíveis à luz (fotofobia). Nenhum dos três tipos de cones utilizados na percepção das cores funciona nas pessoas completamente daltónicas.

 

Tratamento

Não existe nenhum tratamento que consiga reverter o daltonismo. Contudo, a utilização de filtros nas lentes dos óculos ou lentes de contacto coloridas ajudam e podem aumentar a capacidade de distinguir algumas cores.

Antes da entrada na escola, é importante que se faça um teste de despiste.

 

Teste de cores: Ishihara

Teste realizado por um especialista, que irá testar as incapacidades para distinguir as cores vermelho e verde. Este teste consiste na visualização de placas coloridas contendo cada uma um círculo de pontos, no qual o padrão é aparentemente aleatório. Dentro do padrão existem formas ou números feitos pelos pontos que são claramente visíveis para aqueles que não sofrem de daltonismo.